A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro decidiu, por 20 votos favoráveis e seis abstenções, pela cassação das medalhas Pedro Ernesto concedidas ao conselheiro do TCE, Domingos Brazão, e ao deputado federal, Chiquinho Brazão, que estão presos preventivamente sob acusação de serem os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em março de 2018.
A vereadora Monica Benicio, viúva de Marielle, foi quem apresentou os requerimentos para a cassação das medalhas e comemorou a decisão da Câmara, destacando a importância de fazer justiça pela morte da vereadora. Segundo ela, essa cassação representa um passo importante para combater a influência das milícias na política.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, liberou a denúncia da PGR contra os irmãos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, para julgamento pela Primeira Turma do Supremo. A procuradoria alega que o crime foi encomendado pelos irmãos Brazão para proteger interesses econômicos de milícias e desencorajar a oposição política de Marielle.
A base da acusação é a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, que confessou a execução dos homicídios. A data do julgamento ainda não foi divulgada, mas a expectativa é de que o caso seja analisado com rigor pela justiça.
Em meio a essas reviravoltas, a justiça busca esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos na morte de Marielle e Anderson. A luta por justiça continua, e a sociedade aguarda por respostas claras e punições severas para os culpados. A cassação das medalhas Pedro Ernesto é apenas o começo de um longo processo de investigação e julgamento que busca trazer paz e justiça para as famílias das vítimas e para toda a população que foi impactada por esse crime brutal.