A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao hangar da fábrica da Embraer, em São José dos Campos, foi marcada pela entrega de um jato comercial modelo 195-E2 para a Azul Linhas Aéreas. A Embraer, terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo, está investindo cerca de R$ 2 bilhões neste ano e gerando mais de 900 empregos diretos em suas fábricas no Brasil.
Fundada em 1969 pelo Estado brasileiro, a Embraer já fabricou e vendeu mais de 8 mil aviões, que transportam cerca de 145 milhões de passageiros por ano em todo o mundo. Mesmo privatizada desde 1994, o governo tem poder final em decisões estratégicas da companhia. Além de fabricar aviões comerciais e executivos, a empresa também produz aeronaves militares, como o cargueiro KC-390 e o Super Tucano, além de aviões agrícolas.
Durante o evento, o CEO da Azul Linhas Aéreas, John Rodgerson, anunciou a compra de 13 novos jatos da Embraer este ano, para reforçar a frota de 60 aviões comerciais nacionais. A Azul é líder na aviação regional no Brasil e já transportou 35 milhões de passageiros este ano. O E2 da Embraer, com capacidade para 136 passageiros, é o modelo de corredor único mais eficiente no mercado, oferecendo uma economia de até 25% de emissões de CO2.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou a necessidade de expandir o mercado nacional de fabricação de aviões para outras companhias aéreas. Ele ressaltou que, dos 100% da aviação brasileira, apenas 12% são de aviões da Embraer, indicando um potencial de crescimento para o setor.
Além da visita à Embraer, Lula também esteve no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em São José dos Campos, onde inaugurou um novo alojamento estudantil. Antes disso, participou da inauguração da fábrica de insulina da empresa Biomm, em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte.
A presença do ex-presidente Lula em eventos relacionados à indústria aeronáutica e tecnológica no Brasil demonstra a importância do setor para o desenvolvimento econômico e social do país. Com investimentos contínuos e parcerias estratégicas, o país busca fortalecer sua posição no mercado aeroespacial e contribuir para o crescimento da indústria nacional.