A reunião dos ministros das relações exteriores do G20 marcou o início de uma discussão crucial sobre a paralisia do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas em meio a um cenário de mais de 170 conflitos em todo o mundo. O chanceler Mauro Vieira destacou a preocupação do Brasil com a ineficácia das instituições multilaterais diante dos desafios atuais e enfatizou a recusa do país em aceitar um mundo onde as diferenças são resolvidas por meio da força militar.
Além disso, Vieira criticou o alto volume de gastos militares em comparação com os investimentos em desenvolvimento social e meio ambiente. Ele ressaltou que os gastos militares globais ultrapassam US$ 2 trilhões anualmente, enquanto os programas de ajuda ao desenvolvimento e combate às mudanças climáticas recebem uma fração desse montante.
O chanceler manifestou o comprometimento do Brasil em priorizar questões sociais durante a presidência do G20, com destaque para o combate à fome no mundo. Ele fez um apelo para que os membros do G20 apoiem a criação de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, ressaltando que o país busca uma contribuição efetiva das vinte maiores economias do mundo para erradicar a fome global.
A abordagem do Brasil reflete a preocupação com questões humanitárias e a busca por soluções sustentáveis para os desafios globais, como a fome, a pobreza e as mudanças climáticas. Ao propor uma abordagem centrada no desenvolvimento social e na cooperação internacional, o país busca estimular ações concretas para enfrentar ameaças existenciais e promover um mundo mais justo e equilibrado.
A presença do Brasil na presidência do G20 representa uma oportunidade para impulsionar discussões e ações que levem a resultados efetivos no combate à fome e à pobreza, bem como no enfrentamento das mudanças climáticas. A liderança do país nesse contexto reforça o compromisso com a construção de um futuro sustentável e igualitário para as gerações presentes e futuras.
Em suma, a primeira reunião de ministros das relações exteriores do G20 no Rio de Janeiro marcou o início de um debate fundamental sobre a necessidade de ações concretas e colaborativas para enfrentar os desafios globais. O Brasil demonstrou seu comprometimento em priorizar questões sociais, como o combate à fome, e busca o apoio das demais nações para promover soluções efetivas e sustentáveis. Essa abordagem reflete a busca por um mundo mais justo, equilibrado e pacífico, onde as diferenças são resolvidas por meio do diálogo e da cooperação.