Tema foi discutido em mesa-redonda do Conexões Ifes.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos publicará, em breve, a nova Instrução Normativa do Programa de Gestão e Desempenho (PGD) da Administração Pública Federal. No documento, uma das principais alterações será que os planos de trabalho dos servidores estarão conectados ao plano de entrega da unidade de execução, desburocratizando o papel da chefia imediata. Atualmente, os planos de trabalho são formados por listas de atividades.
A informação foi divulgada por uma das convidadas da mesa-redonda “Liderança em tempos de trabalho remoto”, Juliana Legentil Ferreira Faria, que é coordenadora geral de Inovação em Gestão do Departamento de Inovação em Gestão/SEGES. Juliana participou da mesa com os também convidados Thiago Bremenkamp, representante da Controladoria-Geral da União, e Estanislau Tallon Bozi, procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho do Espírito Santo. O evento foi mediado por Paula Araujo, presidente da Comissão Central do Programa de Gestão do Ifes.
Juliana enfatizou ainda a importância da pró-atividade do gestor nas atividades do trabalho remoto, destacando a relação de confiança entre o líder e seus servidores. “É crucial”.
Com o auditório lotado, a mesa-redonda debateu os rumos do trabalho remoto na esfera federal. Em sua fala, Thiago fez um resgate histórico da implantação do programa de gestão, que teve início em 1986, com o Serpro. Em 1995, foi divulgado o primeiro decreto: 1.590/95. Thiago disse ainda que o Espírito Santo possui o primeiro cooworking federal do Brasil, como base de apoio para os servidores que atuam em trabalho remoto. A estrutura fica no prédio da CGU, no Centro de Vitória.
Estanislau Tallon destacou o papel do gestor para o sucesso do trabalho remoto na equipe, enfatizando pontos como a integração dos servidores, assim como a comunicação efetiva, evitando informações desconectadas. “O líder precisa motivar sua equipe continuamente, adotando comunicação clara, eficiente e transparente”, frisou. Estanislau comentou ainda que um líder autoritário prejudica a instituição como um todo, assim como um líder omisso pode gerar o fracasso da equipe e a dissolução do programa de gestão. “Precisamos buscar uma liderança democrática, com metas claras e possíveis”, afirmou.