O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou nesta 5ª feira (28.abr.2022) as pensões recebidas pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) por ter sido detida e torturada durante a ditadura militar (1964-1985). O chefe do Executivo comentou sobre o assunto ao falar de decisão da Comissão de Anistia que negou pedido da ex-presidente por uma indenização de R$ 10.700 mensais por ter sido perseguida política na ditadura.
“Rejeitou também porque, entre outros motivos, a nossa querida Dilma Rousseff já recebe indenização em 4 outros Estados. Como ela trabalhou, hein? Em 4 outros Estados, ou seja, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul”, disse em live nas redes sociais.
Dilma havia solicitado indenização e contagem de tempo para efeitos de aposentadoria do período em que foi presa, em 1970, até a promulgação da lei da anistia, 9 anos depois. A Comissão entendeu que a solicitação não podia ser analisada, já que sua anistia foi reconhecida pelo governo do Rio Grande do Sul.
Presidente comemora decisão da Comissão da Anistia que negou pedido de indenização da ex-presidente
“Essas pensões quando são concedidas não têm imposto de renda […] Uma maravilha. Dilma Rousseff: perdeu. Quem sabe lá na frente quando algum esquerdista voltar ao poder, espero que não aconteça, você consiga mais uma pensão para você”, declarou.
A Comissão de Anistia foi criada em 2002 e é vinculada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O colegiado também negou por unanimidade pedido de indenização do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), que também foi perseguido durante a ditadura.
Bolsonaro ironiza pensões de Dilma por causa de ditadura
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