É falsa a informação de um vídeo, no qual um homem diz que testes com vacinas contra o novo coronavírus foram cancelados no Brasil após as mortes de voluntários. Nas imagens, o homem vestido como profissional de saúde, afirma que toda a população será obrigada a participar de testes, como “cobaias”.
– Todo mundo viu aí que várias [pesquisas] estão cancelando porque está morrendo gente – declara o homem, no conteúdo, que foi disseminado nas redes sociais.
Segundo a Agência Lupa, as quatro instituições responsáveis por testes do imunizante no país negaram que tenham encerrado os estudos da vacina.
O que aconteceu, até o momento, foi uma pausa nos testes das vacinas da Janssen (Johnson&Johnson). O Centro Paulista de Investigação Clínica (Cepic), que coordena os estudos das vacinas da Janssen e da Pfizer/BioNTech no Brasil, explicou por meio de nota que a medida foi tomada após um dos participantes apresentar uma doença inexplicada. Porém, a pausa foi referente apenas aos testes da Janssen. Sobre o imunizante da Pfizer, o Cepic esclareceu que os testes seguem sendo feitos e ainda não houve registro de efeito colateral ou morte.
Já a pesquisa com a Sputnik V ainda nem foi iniciada no Brasil. A assessoria de imprensa do Instituto Tecnologia do Paraná (Tecpar) disse esperar uma definição sobre as ações de cooperação, que deverão ser fornecidas pelo Fundo de Investimento Direto da Rússia.
Segundo o jornal O Globo, quem também rebateu fake news sobre testes da vacina foi o Instituto Butantan, responsável pela CoronaVac.
– É totalmente inverídica a postagem que circula nas redes sociais que afirma sobre efeitos colaterais graves e óbitos relacionados à CoronaVac, vacina desenvolvida e testada pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório Sinovac Life Science. A vacina encontra-se na fase 3 dos estudos clínicos, e não foi registrado nenhum efeito adverso grave e óbito entre os participantes. Os estudos, portanto, mostram que a vacina possui um excelente perfil de segurança – afirmou a instituição, em nota.
O Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais da Universidade Federal de São Paulo (CRIE/Unifesp), responsável pelos testes da vacina da AstraZeneca/Universidade de Oxford, informou que os estudos seguem normalmente sem “intercorrências graves de saúde com qualquer voluntário”. A respeito do médico João Pedro Feitosa, voluntário do estudo que faleceu no último dia 15 de outubro, o laboratório afirmou que um comitê independente de médicos e as agências reguladoras brasileiras lideraram uma análise e o resultado indicou que o caso não colocou em risco a segurança da continuidade dos testes.
Fora isso, o site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também continua fornecendo informações sobre o mapa das vacinas em teste no Brasil.
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