23.4 C
Marataizes
segunda-feira, dezembro 23, 2024
23.4 C
Marataizes
segunda-feira, 23 dezembro 2024
Slideshow de Imagens Slideshow de Imagens
NotíciasGoverno FederalBolsonaro quer represar verba contra desemprego para estados

Bolsonaro quer represar verba contra desemprego para estados

Bolsonaro quer represar verba contra desemprego para estados

Articuladores do Planalto explicaram a políticos ligados ao governo que o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira teve o objetivo de se precaver contra futuros pedidos de verba dos estados ao governo federal.

Bolsonaro e equipe avaliam que o principal problema econômico criado pelo novo coronavírus será o fechamento de empresas e o desemprego causado pela paralisação da economia.

Em países como a Inglaterra, por exemplo, a solução encontrada para evitar demissões foi a garantia de que o governo pagará parte dos salários dos trabalhadores. Isso pode chegar a 80% do salário, ou até 2.500 de libras (R$ 14.500) por mês, para qualquer empregado que vier a ser licenciado da empresa e não demitido.

Uma política dessas no Brasil é considera inadministrável pela equipe econômica. Mas o desemprego é inevitável.

Só em Brasília, o Sindicato dos donos de hotéis e restaurantes (Sindhobar) anunciou que deve homologar nesta quarta-feira cerca de 4 mil demissões, e que o total deve chegar a 11 mil trabalhadores do setor até abril. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi um dos primeiros a determinar o fechamento de escolas.

Nos EUA, Donald Trump e o Congresso entraram em acordo na madrugada desta terça-feira pela aprovação de um pacote de socorro de US$ 2 trilhões. Cada americano pode receber um cheque de U$ 1.200 do governo para aguentar o período da epidemia, chegando a U$ 3.000 por família. US$ 2 trilhões são cerca de R$ 10 trilhões.

Todo o Orçamento governo federal do Brasil em 2019 foi de R$ 3,3 trilhões.

Ou seja, nas contas da equipe de Bolsonaro, o governo federal não terá como garantir um pacote de sustentação de desempregados com a paralisação da economia.

A estratégia adotada, então, é distribuir a responsabilidade com os governos estaduais. Daí o pronunciamento de Bolsonaro: o país vai parar porque os governadores estão fechando escolas e o comércio; depois não adianta pedir dinheiro à União.

Os governadores entenderam o recado. Foram os primeiros a protestar em declarações públicas. Secretários de Saúde do Nordeste soltaram nota logo após o pronunciamento ir ao ar, na noite desta terça-feira.

Enfim, estamos assistindo agora apenas os primeiros rounds de uma guerra entre Bolsonaro e os governadores, que tende a se aprofundar durante a crise do coronavírus.

No meio da guerra tem o povo.

FONTE:noticias.uol.com.br

Confira Também