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Empresários vão às ruas pedindo fim do decreto de fechamento do comércio e organizam carreata

Empresários vão às ruas pedindo fim do decreto de fechamento do comércio e organizam uma carreata

Um manifesto com o nome de 150 empresas e seus proprietários circula nas redes sociais em Cachoeiro, com o objetivo de relaxar o decreto que proíbe o funcionamento de lojas e restringe a a atuação de padarias, bares e lanchonetes até o dia 4 de abril, quando completará 15 dias. As medida foi lançada pera impedir o avanço do coronavírus em Cachoeiro, com boss resultados até agora neste objetivo. Existe decreto estadual que estabelece as mwsmas restrições por igual período.

O objetivo é de que a reabertura dos estabelecimentos seja antecipada para a próxima segunda-feira (30), com 40% dos funcionários, em revezamento, dispensa dos maiores 60, e a disponibilização de equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas durante o expediente.

As justificativas para a ruptura incliem os prejuízos com a enchente de janeiro, que prejudicou lojas da região central da cidade. O manifesto pede a abertura de diálogo da Prefeitura com as entidades de classe para discutir as medidas.

O manifesto está publicado na íntegra ao final desta matéria. Os nomes de empresários e empresas listados é omitido por não ter sido possível checar com todos eles sua participação .
Entretanto houve confirmação junto a dois que apoiam a iniciativa. Um deles é Bruno Ramos.

“Meu nome está na lista do grupo de empresários que está organizando uma mobilizacao para propor ações de reestruturação do comércio pós crise e não no endosso a ser ‘contra o fechamento'”, esclareceu. Sua esposa, Suzana Depes, também assina. O casal administra as empresas Granitz e Mundo das Unhas.

Já o empresário José Amarildo Permanhani, do Galpão Móveis não tem seu nome na lista “não consegui acessar o link”, diz, mas apoia o movimento.

“Acho que tem exageros, não justifica paralisar 200 mil pessoas onde só tem um caso confirmado e importado. Sou a favor de reabrir segunda-feira, manter precauções, cuidados de higiene, isolamento vertical, só dos grupos de risco. Existem muitos comércios, negócios, serviços com baixa movimentação de pessoas, não é aglomeração, não justifica fechar. Acho que o isolamento ajudou muito neste primeiro momento, mas a vida precisa continuar, o desemprego será muito mais dramático que o Corona”, analisa.

 

CARREATA
Em outra iniciativa virtual, há a convocação para manifestação nesta sexta-feira (30l), com uma carreata, a partir das 16h00, para exigir o fim do decreto. A mensagem, no entanto, recomenda aos eventuais manifestantes o uso de máscaras.


MANIFESTO DOS COMERCIANTES DE CACHOEIRO MARÇO DE 2020

O ano de 2020 começou para os cachoeirenses com um desafio extraordinário, as chuvas costumeiras e a cheia do rio Itapemirim.
O Comércio local já enfrentava a recessão instalada e suas consequências mais imediatas são a tendência à queda da demanda, ao aumento da inadimplência e do desemprego e à redução dos investimentos. De outro, temos a eclosão da pandemia do COVID-19, diante de sistemas de saúde debilitados.
A estratégia de isolamento social indefinido para combatê-la não só afeta gravemente a renda das famílias, como a manutenção dos empregos, a atividade econômica e da geração de tributos.
A crise econômico-sanitária nos mostra, mais uma vez, a tendência, o desemprego, a fome, a violência e a peste – não apenas o coronavírus! – vão assolar nossa cidade.
A adoção de medidas de combate à esta crise é extremamente complexa.
Complexidade, no entanto, não significa impossibilidade. A coordenação das medidas, orientada pela solidariedade, deve partir do reconhecimento de que a crise econômico-sanitária é de todos para que não dê lugar às inúteis e perversas segregação e à violência.
Assim, os comerciantes, de forma organizada, em movimento de busca conjunta de soluções sugerem algumas medidas para que a crise econômico-sanitária seja combatida e que apareça, rapidamente, uma oportunidade de saída.
Elas se alinham ao crescente consenso em torno da urgência de que o governo municipal tenha maior ousadia e adote, sem timidez, mas democraticamente, uma estratégia de franco diálogo, com as instituições representativas do setor produtivo local, envolvendo CDL, SINDIROCHAS, ASCOSUL, OAB, CREA, CAU E SINDICATO RURAL E SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS, e tantos outros.
O objetivo é dar segurança e criar o sentimento de pertença, para garantir o funcionamento das empresas sem prejudicar o combate à pandemia, buscando meios de diminuir o tempo de paralisação da economia com o isolamento social.
A segregação tem de ser evitada na máxima extensão possível para gerar oferta/consumo de produtos e serviços. Para tanto, é necessário agir com inteligência, sendo crucial para evitar o pânico.
É um imperativo, para a realidade de Cachoeiro que seja diminuído o tempo de fechamento do comércio, e sugerimos que o Prefeito envide esforços junto ao Governo do Estado para relativizar a extensão territorial do comando Estadual, mitigando seus efeitos nas cidades atingidas pelas chuvas e cheias de janeiro.
Se essas medidas forem implementadas, elas mirarão nas dificuldades urgentes de empresas e famílias, gerarão efeitos macroeconômicos positivos que poderão se perpetuar. Assim, se as empresas e famílias conseguirem pagar seus fornecedores, suas contas de água, luz e outros serviços, tributos e, principalmente, os salários de seus funcionários, as famílias e as empresas acabarão sendo beneficiadas pelo crescimento da renda.
Essa mitigação seria acompanhada da responsabilidade de cada comerciante incluir entre suas obrigações o fornecimento de máscaras, luvas e equipamento de segurança, higiene e limpeza para assegurar condições de trabalho e aumentar as condições para que as empresas voltem a funcionar sem que se tornem vetores que acelerem a transmissão do vírus. Trata-se de combater, simultaneamente o choque de oferta e demanda a partir da organização existente da produção.
Se o governo Municipal liderar essas ações com determinação e generosidade, a sociedade se tornará mais confiante, empresas e famílias quererão manter seus funcionários e pagarão suas despesas financeiras ligadas ao programa. As empresas fornecedoras de serviços públicos terão receitas garantidas e a arrecadação de tributos e contribuições será mantida, melhorando a saúde financeira de nosso município.
O problema que enfrentamos, tem solução: a mobilização dessa força produtiva até o limite máximo. As pessoas empregadas se sentiriam úteis e o nível de renda aumentaria. Mas, para insistir nesse ponto, a mobilização das forças produtivas não pode ser obstaculizada por exigências descabidas, sem base em evidencias cientificas.
Para tanto solicitamos analise e resposta aos pleitos abaixo:
Abertura do comércio, na segunda feira, dia 30 de março, com 40% do efetivo de funcionários, em regime de rodizio, dispensando os maiores de 60 anos;
Poderá ser ajustado diminuição do horário de atendimento, em caso de necessidade sanitária;
Renovação automática dos Alvarás de funcionamento, sem a imediata cobrança da taxa de fiscalização e a taxa de anúncio, que poderá ser parcelada, com o primeiro vencimento a partir de julho de 2020;
Aproveitamento dos valores resgatados do fundo do PROCOM para incentivar o comercio local, ou para subsidiar o pagamento de tarifas inerentes ao exercício da atividade empresarial;
Priorize a aquisição de bens e serviços de fornecedores locais;
Prorrogação de vencimento de ISS, IPTU e obrigações acessórias;
Permissão para que comercio trabalhe nos feriados de 21 de abril e primeiro de maio.
Reforce as medidas de segurança nas vias, para proteção do comércio;
Facilitação de meios para que os empresários efetuem seus cadastros de fornecedores de bens e serviço em nossa cidade, para que a prefeitura, por ser o maior consumidor de bens e serviços, adquirira e contrate diretamente de cachoeirenses.
É preciso reconhecer que será difícil ultrapassar essa crise econômico-sanitária. Os desafios urgentes são enormes e as possibilidades de superá-los com a eliminação completa de sacrifícios é uma esperança vã. Isso exigirá a um ambiente de confiança mútua, formado a partir da negociação política em um ambiente democrático, envolvendo todo o povo.
Ante todo exposto, renovamos nosso desejo de ver nossa cidade na trilha do desenvolvimento, comprometido com o bem estar social .

FONTE:jornalfato.com.br

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