Após quase 8 meses de prisão preventiva José Augusto, marido da prefeita afastada de Presidente, foi libertado. A decisão foi cumprida na noite de ontem (07/01). José Augusto estava no presídio de Viana onde estava detido desde o dia 8 de maio de 2019.
Sua prisão se deu com a deflagração da Operação Rubi coordenada pelo Ministério Público Estadual (MP-ES).
De acordo com Altamiro Thadeu (advogado que o representa), José Augusto teria deixado o Centro de Detenção Provisória de Viana II entre as 20h30 e as 21 horas desta terça(07).
Ele, que era secretário de Desenvolvimento Econômico de Presidente Kennedy quando foi detido, é suspeito de integrar um esquema de fraude em licitações de limpeza e recebimento de propina no município, junto com a prefeita afastada e mais cinco pessoas.
Durante o flagrante, em meio a uma reunião na casa de Amanda e José Augusto, uma mochila com R$ 33 mil foi apreendida pelos agentes que atuavam na operação Rubi.
Operação Rubi
Investiga fraudes em licitações para contratação de empresa de limpeza pública nos municípios de Presidente Kennedy, Marataízes, Piúma e Jaguaré. O caso tramita sob sigilo.
O esquema
Dois empresários, donos da empresa vencedora dos certames, pagavam propina a agentes públicos, em troca de contratos com as prefeituras investigadas. A ex-funcionários da empresa foram ouvidos pelo Ministério Público e explicaram para os investigadores como a quadrilha operava.
A denúncia
O MP-ES denunciou sete envolvidos na Operação Rubi – a prefeita de Presidente Kennedy, o marido dela, um secretário municipal, dois empresários e outras duas pessoas – pelos crimes de organização criminosa, crime de responsabilidade da prefeita, corrupção passiva e ativa e falsidade documental.
As apurações iniciais da Operação Rubi apontam que os contratos de limpeza urbana e de transporte público com evidências contundentes de superfaturamento somam mais de R$ 150 milhões, quando analisado o período de 2013 a 2018.
A maior parte desse montante, R$ 105,7 milhões, é referente a contratos firmados entre quatro empresas investigadas e a Prefeitura de Presidente Kennedy.
O trabalho do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prossegue com as análises dos materiais apreendidos e interrogatório dos investigados. Todos os envolvidos que foram alvo de busca e apreensão, mas não tiveram pedido de prisão solicitado pelo MP-ES, também serão ouvidos pelos promotores de Justiça do Gaeco.
O empresário Marcelo Marcondes que também estava preso, foi liberado logo no início de sua prisão após ter feito uma delação premiada, no entanto como o processo corre em segredo de justiça não temos mais informações sobre o caso.
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Fonte Tribuna Online