A partir desta quinta-feira (22), 198 quilômetros de divisa do Estado serão monitorados, com reforço do policiamento, pontos de bloqueios em estradas e rodovias, drones, helicóptero, além da cavalaria e cães.
A medida faz parte do plano de contingência da Segurança Pública do Estado para evitar que criminosos de fora venham para o território capixaba após a intervenção federal no Rio de Janeiro.
Por dia, cerca 150 policiais, sendo 20 da Polícia Rodoviária Federal e, os demais, das polícias Militar e Civil, irão atuar nos bloqueios, segundo o secretário de Estado da Segurança Pública (Sesp), André Garcia.
“Fora isso, também teremos equipes em grande número da inteligência trabalhando”, observou. André Garcia explicou que o plano de contingência está sendo elaborado desde a decretação da intervenção no Rio de Janeiro, mas tem caráter preventivo.
“Não há hoje nenhuma informação ou indício que aponte para a migração de criminosos para o Estado. Essa iniciativa leva em consideração uma possibilidade eventual. É possível que aconteça, mas não é provável”, garantiu.
Ele explicou, ainda, que o planejamento levou em consideração os levantamentos feitos pelo setor de inteligência da Sesp e das polícias Civil e Militar.
“Nessa ação, vamos monitorar 198 quilômetros de divisas com o Rio de Janeiro e Minas Gerais. Esse monitoramento será feito pelo serviço de inteligência e com oito pontos de bloqueios implantados.
Um deles é a BR-101, que é o principal acesso ao Estado pelo Rio.”Sobre os demais pontos em estradas e rodovias em que ocorrerão os bloqueios, o secretário afirmou que não serão divulgados para não atrapalhar a operação. Ele explicou, ainda, que os bloqueios serão feitos com a presença de viaturas e homens, fazendo as abordagens nas entradas e saídas do Estado. “Essas abordagens tem duas características: uma delas é a normal, feita de forma aleatória e por amostragem. E outra é a direcionada, com base em informações de inteligência.”
O plano foi apresentado pelo secretário André Garcia, juntamente com o comandante-geral da PM, coronel Nylton Rodrigues, do chefe da Polícia Civil, Guilherme Daré, entre outros membros da cúpula de segurança.