O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, revelou que apenas uma pequena porcentagem de municípios gaúchos procurou recursos emergenciais federais para lidar com os estragos causados pelas chuvas e enchentes que assolam o Rio Grande do Sul desde o final de abril. Segundo Góes, dos 441 municípios em situação de calamidade, apenas 69 solicitaram ajuda até o momento.
Para agilizar o processo de recebimento de recursos, o governo federal flexibilizou as regras, permitindo que os municípios afetados solicitem ajuda com um simples ofício, juntamente com o decreto de reconhecimento de calamidade emitido pelo governo do estado. Dependendo do número de habitantes, as quantias adiantadas podem variar de R$200 mil a R$500 mil, para que as necessidades mais urgentes, como água e cestas básicas, sejam supridas rapidamente.
Os números apresentados pelo ministro são alarmantes: 445 municípios afetados, mais de 2 milhões de pessoas impactadas, 71.398 em abrigos, 339.928 desalojados, 136 óbitos, 756 feridos, 125 desaparecidos e 135 bloqueios em vias. A situação é de extrema gravidade e requer ação rápida e eficaz por parte das autoridades.
Além disso, as comunidades indígenas também foram duramente atingidas, com 9 mil famílias afetadas em 214 comunidades indígenas, totalizando 30 mil pessoas. A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, garantiu a entrega de cestas básicas para todas essas famílias, reconhecendo a importância dos conhecimentos indígenas na prevenção e reconstrução de desastres.
A Marinha e a Força Nacional também estão atuando de forma conjunta no apoio às vítimas das enchentes. O Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico, da Marinha, chegou ao município de Rio Grande com 1.350 militares, donativos, estações de tratamento de água e outras ferramentas para auxiliar no socorro. A Força Nacional ampliará sua atuação no estado, com a chegada de mais 300 integrantes, totalizando 1,5 mil agentes de segurança no Rio Grande do Sul.
Diante do cenário de emergência e da necessidade urgente de assistência, é fundamental que os municípios afetados busquem os recursos disponíveis e que as autoridades atuem de forma coordenada e eficiente para minimizar os impactos das enchentes e garantir o apoio necessário às comunidades atingidas. Juntos, podemos superar essa crise e reconstruir o estado para um futuro mais seguro e resiliente.